sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

De saco cheio...

Estou de saco cheio de ficar na cama!Vixiii,to mal humorada já.

Ontem melhorei um pouco e hoje acordei bem pior do que qualquer dia dessa semana.
Muita dorrr, mta tosse...até vomitei.Affff
E eu to doida pra ir pra casa mas o Pedro não deixa eu viajar, disse que não estou em condições e que provavelmente só semana que vem.

To triste, já era pra eu estar em casa, curtindo minha família...curtindo minha loirinha!!

Eu quero a minha mãe.
:(

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

2008

É, mais um ano chegando ao fim!
Se pudesse fazer um balanço entre as coisas boas e ruins, seria realmente difícil dizer o que pesou mais esse ano.
Mas não sou pessimista a ponto de dizer que 2008 não foi um ano bom.Porque até as coisas ruins me ensinaram lições valiosas:

O ano começou prometendo coisas boas demais, inclusive no período festivo das formaturas...e ainda dentro deste período coisas chatas aconteceram, tirando um pouco do brilho sonhado naquele momento.
Mas foi muito bom! Eu pude perceber como eu sou querida pelos meus amigos, que vieram de muito,muuito longe (né Dinha?)só pra passarem esse momento especial ao meu lado!Não é todo mundo que tem a sorte de ter amigos como os meus!Não é todo mundo que tem a sorte de ser tão querida a ponto de fazer pessoas se deslocarem mais de mil km....pra aguentar arroxa e gente bebada a noite toda!kkkk Aprendi a abstrair as coisas tristes pra me entregar ao momento, porque todos os momentos são únicos e merecem entrega total!

A escolha "errada" de não ir fazer o mestrado me mostrou que a vida escolheu certo através de mim. E eu fiquei.Pra felicidade da minha família, pra felicidade do Pedro e hoje sei que, acima de tudo, pra minha própria felicidade.

A espera (que parecia sem fim) pelo primeiro emprego me ensinou que as coisas acontecem no tempo de Deus, e pro melhor. Não no tempo que eu desejo ou que exijo. Isso me ensinou a confiar plenamente Nele, ainda que as coisas demorem, fiquem difíceis...confio que é sempre o melhor pra mim.E mais cedo ou mais tarde acabo tendo a certeza disso.

A fase tempestuosa no namoro me ensinou MUITA coisa a respeito de mim mesma, a respeito do meu namorado, a respeito de relações familiares, a respeito de amor-próprio, a respeito de amor ao próximo. Me ensinou a beleza de acreditar no amor que se sente ainda que ninguem mais acredite.Seja ele pelo outro ou por você mesma. Aprendi que se amar é uma maneira de corresponder o amor, e que o amor ao outro é uma forma de amar-se também.
A fase tempestuosa me fez valorizar ainda mais o que vivemos e ter mais certeza do amor que nos une. Nos fortaleceu ainda mais.

Morar numa cidade sozinha, onde não conhecia ninguém ressaltou o valor da amizade em minha vida. Fez com que eu sentisse saudades dos que estavam longe, fez com que eu desejasse amigos por perto. E mesmo que eu NUNCA tenha me afastado voluntariamente dos meus amigos por conta de namoro, me fez ter ainda mais certeza de que nunca farei isso pois sei que nunca serei completamente feliz me dedicando a apenas uma pessoa.

Ficar desempregada alguns meses me fez sentir ainda mais fundo que a independência financeira é muito importante pra mim. Ainda que tenha papai,ou irmão ou até um namorado(ou marido) pra me bancar, nunca me sentiria à vontade. Não me sinto confortável assim. Trabalhar me fez dar muito valor ao meu dinheirinho suado, fez com que eu me sentisse digna dele, fez com que eu me sentisse útil e valorizada. Hoje enxergo o trabalho como algo muito além de ganhar dinheiro, algo que provoca uma sensação de que eu faço a diferença de alguma maneira. Me faz querer ser mais, crescer mais, estudar mais...pensamento que infelizmente nunca me ocorreu durante a época da faculdade.

Dinheiro também foi algo que me fez melhor. Mas não foi novidade pra mim descobrir que o dinheiro só traz felicidade quando se dá o valor correto a ele. Quando pensamos que ele vale menos, ele nos falta, quando pensamos que ele vale mais...coisas mais importantes acabam nos faltando. Dinheiro não nos torna maiores ou melhores do que somos, na grande maioria das vezes ele só vem confirmar quem somos de verdade. Fiquei feliz em saber que com relação a isso, eu nunca me enganei. "Eu te desejo muito dinheiro, pois é preciso viver também, mas que VOCÊ diga a ele ao menos uma vez quem é mesmo o dono de quem".

O fato de ficar algum tempo desempregada, meio perdida, com problemas em varios aspectos me fez insegura. A insegurança fez minha auto-estima despencar. A minha baixa auto-estima me fez mais e mais insegura. Minha insegurança atrapalhou minha relações... Até eu perceber isso.
Encarar essa insegurança, encarar esse medo foi fundamental pra me tornar uma pessoa ainda melhor do que já era.Me sinto mais bonita, mais magra, mais atraente, mais inteligente, mais interessante,mais promissora hoje.

Enxergando essas situações desta maneira, me livro da postura de vítima que assumi durante um certo tempo e me adequo à postura que de fato é minha: alguém que precisa crescer em vários aspectos e que aprendeu a fazê-lo seja nos momentos de sorte, seja nos momentos de dificuldade.



Algo que resumiria 2008: "Dai-me Senhor, a perseverança das ondas do
mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço."

Avaliando 2008 dessa maneira posso dizer que foi um ano muito produtivo. Foi um ano de amadurecimento.

Que venha 2009!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Descobrindo coisas que sempre estiveram aqui...

Quando eu era bebê, minha mãe fez um diário contando como foram os meus primeiros meses...nele, ela falava da minha saúde frágil, de como cuidava da minha alimentação, das primeiras vezes que me levou ao centro espírita, do que as pessoas falavam de mim.

Quando eu ganhava algum presente ela cortava parte da embalagem e colava nesse diário dizendo quando e de quem eu ganhei, e geralmente colava também os cartões que me mandavam. Infelizmente ela só escreveu até os meus dois anos e pouco.
Várias páginas continham frases como “Papai e mamãe te amam muito!Obrigada por tudo que tem nos ensinado”. E me perguntava, quando mais nova, o que um bebê pode ensinar a seus pais....que pergunta idiota a minha, não?

Hoje, olhando pra ele me dei conta de quanto carinho tinha ali dentro. De quanta vontade ela tinha de que eu soubesse como a minha chegada a fez feliz, plena. De como fui esperada e amada desde muito pequena. De quanta esperança ela sentia ao olhar pra mim tão pequena, de quantos sonhos ela alimentava . Todos muito bons e diferentes do que ela julgava ser ruim em sua própria vida.

Lendo alguns dias onde ela apenas escrevia “Hoje aconteceram muitas coisas mas a mamãe está com muitos problemas e não vai escrever” eu fico feliz de reler o “Obrigada por tudo que tem nos ensinado”, ou “Muito obrigada, você semeou bondade e alegria em nosso caminho”. Eu vivia triste por nunca ter feito nada por minha mãe, quando na verdade talvez eu nem imagine quanto bem eu fiz sem nem saber.

Acho que como eu, ela se expressava melhor escrevendo do que falando...talvez nunca conseguisse me falar pessoalmente todas essas coisas.

Que vida doida, mesmo que conseguisse, não nos deu tempo de descobrir isso.

De uns tempos pra cá, quando me sinto triste ou sozinha, precisando mesmo de um colo de mãe, ao contrário de antes quando ficava revoltada por não ter, sento e escrevo pra ela, no mesmo diário em que ela me escrevia. Me faz um bem danado...como pode né? Pra quem não sabe mais o que é gritar a palavra “mãe” quando está machucado, escrevê-la contando em seguida o que te machuca ou te faz feliz é milagroso! Queria ter descoberto isso antes.

O fato é que hoje escrevendo pra ela, falando da falta que eu sentia dela em dias como hoje, comecei a analisar pessoa por pessoa em minha vida, e dizer o porquê de nenhuma delas conseguir suprir essa falta.

Falei do meu pai, da minha avó, do Pedro, do Marco Aurélio e em seguida comecei a descrever as atitudes que me magoavam de cada um deles, e das atitudes que eu esperava que ela tivesse, caso ainda estivesse viva. De repente fiz duas descobertas maravilhosas.

A primeira se resumiu numa frase “É mãe, eu me pareço com você mais do que imaginava.Tenho muito orgulho disso”. A segunda , se deu como mágica. Eu percebi, citando as qualidades de minha mãe e o que faria em momentos como esse, que na sua ausência, ela me deixou alguém exatamente como ela: meu irmão, Carlos Junior. É impressionante como nós três (minha mãe, ele e eu) nos parecemos em atitudes, cuidado, sinceridade...temos os mesmos valores e princípios morais.

De repente me dei conta que ainda tenho alguém em minha vida que me ama incondicionalmente, incapaz de me jogar qualquer coisa na cara, capaz de fazer qualquer sacrifício por mim, com quem não sinto o menor pudor em me abrir, em quem posso confiar e com quem posso contar sem restrições. O bonito de tudo isso é que é exatamente assim que me sinto com relação a ele. A recíproca é absolutamente verdadeira.

Obrigada mãe, porque me amou tanto que até na sua ausência deixou alguém assim ao meu lado. Alguém que nos piores ou melhores momentos me fizesse pensar “Obrigado Deus, eu não estou sozinha”.

Desde pequenos, sempre grudados. E eu como sempre com cara fechada!rss

Ao meu irmão eu digo o que disse na mensagem que mandei hoje de manhã: Obrigado por existir, tê-lo ao meu lado faz o mundo parecer menos assustador.

Câmbio desligo ao som de “Delicate”, Damien Rice

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Aos poucos....

É....definitivamente sinto falta de escrever!Mas uma falta de escrever como podia no meu primeiro blog,acho que a falta de prática é que tem me enferrujado!Posso escrever um release, uma reportagem, um artigo científico, um ensaio..............mas quando olho pra essa tela do blog, por mais vontade que eu sinta, menos palavras me vêm na cabeça!
Então vou começando aos poucos...antes de falar de mim, vou postar um texto que uma antiga (não tão antiga assim,mas perdemos contato) amiga fez e que eu gosto muito.
No texto, a Flor, sou eu....:)

"- Já não tenho folhas em branco em meus cadernos para te escrever, Flor...
Annabelle olha para suas fotos no porta-retrato e lembra da amiga, do instinto protetor, materno dela. Era uma artista. Uma ótima fotógrafa (sempre conseguia os melhores ângulos de Annabelle), uma cantora de voz rouca e um talento inacreditável para estilismo.
A Flor era filha de hippies, mineira e apaixonada por música. Elas se conheceram de forma pouco convencional, mas foi amor à primeira vista. Annabelle sempre se pegava pensando na cara de pau das duas. A dela, de mandar um bilhete pra Flor sem nem conhecê-la, só por indicação de um amigo virtual e a da outra, que aceitou dormir na casa de Annabelle antes mesmo de terem se visto pela primeira vez.
Annabelle riu sozinha do primeiro encontro das duas. Fizera a moça desconhecida se deslocar 23 Km só para se conhecerem... e passaram a noite toda rindo e conversando. Como podiam se dar tão bem, serem tão parecidas? Não conseguia imaginar como vivera até ali sem a Flor.
Sente falta da amiga. Mas Flor é livre como ela e nunca está parada num lugar. Estava na casa do pai (depois de passar pelo Rio e por BH) e só voltaria na Páscoa.
- Ai, Florzinha! Cadê você para me dar colo e cafuné?
Lembrou-se da paixão de ambas por Los Hermanos (e um flash back da amiga nonsense ligando pro produtor deles a fez dar uma gargalhada)... Sentiu vontade de gritar um dos versos de “Paquetá”.
“Sem você, sou pá furada...”
- Sou pá furada, corpo sem alma, santo sem vela, cantor sem voz, pé sem meia, pernas sem movimento. Tudo é vazio.
E no som Caetano canta Totalmente Demais só pra lembrar Annabelle que ainda faltam 15 dias para que possam finalmente distribuir abraços e beijinhos e carinhos sem fim.

Pela primeira vez, não pensava em Gio.